Thursday 8 November 2007

Pesca ao Achigã

Mais um fim-de-semana grande se passou e claro fomos passar uns dias as Minas de São Domingos, e realizar mais umas jornadas de pesca ao famoso achigã.
Fomos para a ribeira do Chança, onde os ditos se mostraram envergonhados para os vorazes ataques ás amostras.
Só beliscavam as pontas das amostras de vinil, e raramente ferravam. Experimentamos quase todo o tipo de amostras e nada de especial, mostravam interesse, vinham cheirar e iam-se embora, como se, tivessem total falta de apetite. Penso que as amostras de vinil em forma de salamandra de cor verde e pintas prateadas eram as únicas a dar um proveito considerável (ainda valeu 3 achigãs de médio porte).
No dia seguinte, voltamos pela manhã cedo, e nem um achigã foi tirado…
- Bem, isto assim não pode ser – Dizia-me o Araujo já de cana arrumada, sentado ao cimo de um monte a apanhar o sol das 09h. Pois, assim saímos e decidimos procurar outra barragem…
O meu primo tinha-me falado numa pequena barragem que havia a caminho dos Corvos, que no ano passado tinha apanhado uns bons achigãs. E para lá partimos, andamos a procura da dita, e eis que por detrás de um morro de terra, como que se do nada se trata-se, vem a pequena barragem. Ao espreitar, lá saltam 3 patos e 2 cegonhas… mas, pensei eu cá para os meus botões. – Isto aqui não há peixe… não acredito muito!
A barragem era pequena, mas na zona onde não havia os caniçais e onde podíamos pescar, era bastante funda. Bem pensamos nós, vamos ás sortes…
Lá começamos, os lançamentos!
Eu com uma amostra de colher, (a dita amostra que nunca falha), e o meu pai e o Araújo com a amostra do dia, as salamandras sportinguistas… ao fim de 3 lançamentos a cada um, eis as primeiras ferroadas, sai o primeiro e eu deixei fugir o segundo.
De moral totalmente reconstituída, eis que isto vai dar… e durante cerca de 30m, parecíamos nós os profissionais da matéria. Foi sempre a sacar…
Passados os 30m, deduzi que os achigãs tinham como que, aprendido a lidar com as amostras. Dizíamos uns para os outros. - Será que apanhamos todos os achigãs da barragem!!!
Mas não podia ser, o meu pai tinha deixado fugir um dos grandes, levou-lhe o anzol e ganhou com certeza, um novo pircing. Por isso, temos de continuar a tentar… mas não deu mais! Os achigãs tinham mesmo aprendido. (totalizamos 9 achigãs e 1 de grande porte)

No dia seguinte, já tínhamos destino marcado. De volta ao local da batalha, apontamos as armas e continuamos … mas, estava difícil acertar. O objectivo era apanhar o gajo do pircing, que tinha fugido no dia anterior.
Passado uns 3 quartos de hora lá o meu pai saca um grande, mas não era o do pircing, por isso há que continuar… já sem esperança e com alguns ataques fracassados, lá saio mais um de médio porte. E não deu mais nada… acho que experimentei as minhas amostras todas.
Curioso foi:
- Para já uma barragem tão pequena ter achigãs tão grandes, deve ser porque se esqueceram dela, e os mesmos tiveram a oportunidade de crescer.
- Só deu peixe entre as 10h e as 10:30, talvez os gajos tivessem mesmo hora marcada.
- O Araujo pescou, 3 de médio porte, seguidos… he he he
- Eu levei uma grande baila do meu pai e do Araujo… pufff….
- Os pratos preferidos da maioria dos achigãs eram pequenas rãs e pequenos achigãs…
Canibalismo puro!!!
- O achigã anda a ficar preguiçoso, só ferravam se deixássemos a amostra ir ao fundo e fossemos recuperando muito devagar e com pequenos toques, se não, era para esquecer!
E assim passou-se mais fim-de-semana na Minas de São Domingos…